No dia 26 de setembro, recebemos, no MAE-USP, três pesquisadoras para conversarmos sobre “Não Arqueologias”.
A seguir, os títulos e resumos de cada palestrante.
A Amanda Viveiros Pina (mestranda – UFPA/ARISE) apresentou Arqueologias Contemporâneas: da marginalização ao saber científico.
Resumo: Esta apresentação pauta-se em uma breve exposição de uma Arqueologia aplicada ao contemporâneo, baseada na corrente teórica referente à Arqueologia Pós-Processual. Desta maneira, tem por objetivo analisar as diversas formas de pensar o trabalho arqueológico no contexto atual. Através de pesquisa bibliográfica, mostra-se o caminhar das ditas “pseudoarqueologias” para o reconhecimento efetivo como saber científico. Conclui que é latente e imediata a necessidade de repensar o fazer arqueológico, para uma nova aplicação da Arqueologia em um futuro próximo.
A Juliana Freitas (mestranda MAE-USP) apresentou Arqueologia e Comunidades Tradicionais – uma questão de autoridade e autonomia.
Resumo: A presente apresentação tratará acerca de minhas percepções e reflexões sobre a presença da abordagem etnográfica na teoria e práxis arqueológica, a partir da aproximação há muito estabelecida entre Arqueologia e Antropologia. Dado que refletir sobre tais questões consiste fundamentalmente em discutir sobre teoria e prática no âmbito da nossa disciplina. Praticamos a Arqueologia de acordo com que pensamos que ela seja. Isso incute em considerar, ou não, as problemáticas que giram em torno das percepções e autonomias das comunidades e populações tradicionais no processo de construção do conhecimento arqueológico, como também requer discutir sobre a questão de autoridade que permeia o pensamento arqueológico.
A Jessica Mendes (graduanda FFLCH-USP/MAE-USP) apresentou Múmias Digitais: práticas funerárias em Assassin’s Creed Origins.
Resumo: Esta comunicação tem por objetivo apresentar, sob viés arqueológico, as principais características das práticas funerárias do Antigo Egito presente no jogo eletrônico Assassin’s Creed Origins, desenvolvido pela produtora Ubisoft Entertainment S.A. Serão pormenorizadas as representações materiais do mundo funerário (mumificação, enterramentos, e outros fatores), bem como o impacto do diálogo entre desenvolvedores, historiadores/arqueólogos e o público em geral.
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